15 de junho de 2010

RESUMO DOS JORNAIS: VALOR ECONÔMICO


Manchete: Vetos reduzem o festival de benefícios da MP 472
Com 140 artigos e 31 vetos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Medida Provisória 472 - convertida na Lei nº 12.249 - e conteve parte do festival de benefícios anteriormente concedidos às empresas, principalmente em relação ao "Refis da Crise" e ao crédito-prêmio do IPI. Foram vetados, por exemplo, todos os dispositivos que permitiam o parcelamento do benefício, com descontos de até 100% nas multas e juros para contribuintes devedores. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o crédito-prêmio deixou de existir em 1990. Muitas empresas que usaram o benefício em período posterior foram autuadas pela Receita e aguardavam uma solução para o problema.
Em outro veto, foi derrubada a possibilidade de as empresas poderem participar de licitações mesmo com limites de endividamento acima do permitido. Além disso, o presidente Lula barrou a possibilidade de os participantes do Refis usarem precatórios próprios ou de terceiros para amortizar os débitos inscritos no programa de parcelamento, como previa a MP. (Págs. 1 e E1)

Margem de produção se estreita
Em abril (últimos dados disponíveis), oito de dez importantes setores para a oferta interna de bens e serviços operavam no mesmo nível de produção do pré-crise ou com uma folga inferior a 5%. Ao mesmo tempo, a importação desses setores aumentou e a exportação encolheu. Os dados mostram que há exceções, mas a "corda" está esticando para a maioria da indústria.
De nove setores, três deles - alimentos, calçados e químicos - produziram em abril mais do que no auge do pré-crise, com um menor contingente de funcionários, indicando ganhos de produtividade. Para analistas, o aumento das importações é o fator mais relevante para conter eventuais pressões inflacionárias. (Págs. 1, A3 e A4)

Debêntures atraem sócios para a saúde
Impedidos pela Constituição de explorar a atividade hospitalar e de clínicas de saúde como acionistas, investidores estrangeiros começam a entrar nesse setor com a compra de debêntures. O BTG Pactual, com investidores do exterior, fechou em maio parceria com a rede de hospitais D'Or por meio da compra desses títulos. Antes, a GP já havia aplicado na rede de clínicas odontológicas Imbra e um grupo de estrangeiros entrou no grupo Vita, que tem quatro hospitais. Embora sejam uma operação de crédito, essas debêntures podem conferir direitos parecidos com os de um acionista e até ser convertidas em ações. (Págs. 1 e C1)

Foto legenda: Plantio em alta
Cresce o número de agricultores, como Francisco Cândido da Silva, que plantam eucalipto, uma das culturas mais dinâmicas do Estado de São Paulo, com rentabilidade igual ou superior à da cana-de-açúcar. Em Salesópolis, os eucaliptais ocupam cerca de 80% das áreas produtivas. (Págs. 1 e B14)

Aparecida faz a Cidade do Romeiro
Mais profissionalizada que muitas empresas, a administração do Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida decidiu investir em seu maior ativo, os romeiros que visitam a cidade para venerar a padroeira do Brasil. Para esse público, que neste ano deve superar 10 milhões de pessoas, o Santuário vai construir a Cidade do Romeiro, com investimento de R$ 60 milhões.
Em um terreno de 177,6 mil m2 comprado pela Igreja serão construídos dois hotéis, centro de convenções, lojas e restaurantes. Com o projeto equacionado, o Santuário estuda novas formas de elevar a receita. "Temos de gerar recursos que permitam não só manter a atual estrutura, mas que possibilitem o crescimento. O Espírito Santo nos ajuda, mas temos de fazer nossa parte", diz o padre Darci José Nicioli, reitor do Santuário. (Págs. 1 e B6)

Fundo vai investir só em vinhos
Uma nova gestora de recursos está abrindo as portas com propostas de fundos inéditos no país. O primeiro produto é um fundo de investimento em vinhos da região de Bordeaux. "Será classificado como um fundo multimercado, que aplicará 100% dos recursos no exterior, em títulos representativos de grandes vinhos Bordeaux", afirma Alexandre Zákia, ex-diretor da gestora Itaú Unibanco, que está abrindo a Cultinvest Asset Management, em São Paulo, associado à também estreante butique de investimentos RB Banco de Negócios.
A ideia é atrair investidores de altíssima renda, com aplicação mínima de R$ 1 milhão. Os investidores poderão optar por receber o rendimento dos títulos correspondentes aos "investment grade wines", como num fundo de investimento normal, ou optar pelo resgate físico das garrafas. Para isso, a Cultinvest está fazendo uma parceria com a importadora Wine Stock, especializada em vinhos franceses. O lançamento deve ocorrer em agosto. (Págs. 1 e D2)

Crescente militância trabalhista chinesa inquieta múltis (Págs. 1 e B12)

Países emergentes ampliam o número de investigações contra dumping (Págs. 1 e A12)

Implacável e eficiente, Mauro Ricardo é o braço direito de Serra (Págs. 1 e A16)

Imposto inflacionário
O aumento de preços neste ano, em relação a 2009, proporcionou à Receita Federal uma arrecadação extra de tributos no valor de R$ 1,9 bilhão no primeiro quadrimestre. (Págs. 1 e A2)

Eleição colombiana
Representantes de um dos setores da economia colombiana mais prejudicado pelas Farc, os empresários do agronegócio temem um retrocesso e cerram fileiras com o candidato governista, Juan Manuel Santos. (Págs. 1 e A11)

Preços de ocasião
A China mira investimentos de vários bilhões de euros na Grécia, principalmente nas áreas de logística, aeroportos e indústria naval. Uma missão chefiada pelo vice-premiê, Zhang Dejiang, chega hoje ao país. (Págs. 1 e A12)

Produção local
A americana Genzyme, uma das maiores farmacêuticas do mundo na área de biotecnologia, avalia a instalação de uma fábrica no Brasil. A definição deve acontecer até o fim do ano. (Págs. 1 e B9)

FAO prevê avanço do frango
Relatório da FAO prevê que exigências ambientais e padrões sanitários mais rígidos vão elevar os custos da produção de carne bovina na próxima década e favorecer o consumo de carne de frango. (Págs. 1 e B11)

Bolsa tenta atrair empresas
Em cinco anos, a BM&FBovespa pretende conquistar mais 200 empresas abertas. A expectativa é que pelo menos metade das novatas ingressem no Bovespa Mais, que hoje conta com uma só companhia. (Págs. 1 e D4)

Ideias
Delfim Netto
A inexistência de regulação, que permitiu as espantosas alavancagens no sistema financeiro, produziu a crise. (Págs. 1 e A2)

Ideias
Dani Rodrik
Recusa da Alemanha em elevar a demanda doméstica e reduzir o superávit externo debilita chances da recuperação europeia. (Págs. 1 e A15)

Primeira Página
Vetos reduzem o festival de benefícios da MP 472
Implacável e eficiente, Mauro Ricardo é o braço direito de Serra
Imposto inflacionário

Editorial
O que muda para continuar e o que continua para mudar

Opinião
Quem fez a Europa se perder? :: Dani Rodrik

Colunas
Antonio Delfim Netto
Raymundo Costa
José Eli da Veiga

Política
Lula anuncia decisão sobre aposentados
Pré-sal deve ser votado só em agosto
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Petista nega disputa sobre vaga de vice
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Brasil
Curta
Inflação mais alta rende R$ 1,9 bi de receita extra, calcula Fazenda
Analistas elevam projeção do PIB para 7%
Retomada reduz folga, mas importação ajuda indústria
Produtividade eleva capacidade de oferta
Setor de construção opera perto do limite
Em bens de capital, ainda há folga
Amorim acha 'absurdo' EUA tirarem benefício
Minas vai pagar piso nacional para professor em 2011

Internacional
Curtas
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Pacotes de estímulo distorcem fluxo de investimento


Especial
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Legislação & Tributos
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